04 julho 2006

É claro

que ainda posso permanecer. Mudar de ideias, fazer-te rir. Boiar outra vez no néon, outra vez ser de plasma resguardando a pele em corpo seguro, estatelar-me no écran ao comprido, deitar-me, dormir, escrever sem pensar, inventar personagens que depois posso enfiar outra vez num hospital de malucos, convidar o Miguel Bombarda para beber um copo de letras comigo, sair com o Gonçalo, telefonar à Joana. Passo depressas pelas estações, mas posso fazê-las durar nos meus dedos para que se derramem nas teclas as vezes que forem precisas. Ou, simplesmente, as que me apetecer. E a ti? Depois disto tudo, continua a apetecer-te a leveza e o riso? Se quiseres, posso escrever.

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