que o tempo da colheita há-de chegar finalmente, não era?
Semeia.
Mas nem todos entendem. Nem toda a gente é capaz de arar um ecrã, sobrevivendo às agruras do frio, ao excesso de Verão que condensa em vapor metáforas, frutos, poentes, marés. Há estações em que o chão não dá nada, em que o coração está de pousio num descampado ao abrigo da chuva, há dias em que os olhos se inundam de luz, momentos em que secamos ao sol, mortos de sede e cansaço, nem toda a gente é capaz de arar um ecrã, hão-de convir, a maior parte despeja aqui e ali sementes de nada, mas depois não as rega, não as poda dos excessos, não lhes apara as excrescências, há quem espere que vinguem sozinhas, como se fosse possível crescer sem amparo.
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