09 abril 2007

Ultimamente,

fica parada a olhar para o vazio ou então embirra connosco, mais com a minha irmã do que comigo, é verdade, comigo intimida-se, acho que fica com medo dos meus amargos de boca, das coisas horríveis
injustas!
que digo e escrevo sobre ela e ainda bem que não sabe da missa a metade.
De vez em quando imagino-a a passear por aqui e a rever-se nas enormidades que deixo expostas para a posteridade
como se um blogue de merda tivesse prosperidade, tens cada uma
até que me pus a pensar que devia mas era pegar nessas enormidades, tirá-las daqui, uma coisa relativamente fácil que qualquer copy-paste resolve, e pespegar com elas numa revista qualquer, era muito bem feito.
Por outro lado, até eu sei que metade - ou mais de metade - destas enormidades não correspondem minimamente à verdade e que a minha mãe-personagem é massacrada por mim «até à náusea», como diria a beata, enquanto a minha mãe-de-verdade repousa incólume no lugar dos afectos.

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